Status quo...

Penso que neste momento, mudar o "status quo", é ultrapassar uma quantidade enorme de situações numa sociedade nacional que parece meia bloqueada.

Regras existem, mas as interpretações que se fazem dessas, em muitos casos torna as coisas inviáveis e faliveis...

Se as regras estão mal, mudemos o livro, acertemos as frases e as palavras para se tornarem mais justas.E porventura regras mais justas, implicam maior sensibilidade no cumprimento dessas vírgulas e pontos...

Hoje...

Na véspera duma grande manifestação que vai decorrer nalgumas cidades deste burgo, resolvi partilhar o que penso.

Numa sociedade extremamente capitalista, que valoriza demasiado o dinheiro, chega-se a este extremo: o número de ricos aumentou , e isto em ano de crise.

Pareço, um pouco rabugento na forma como estabeleço esta crónica,mas a crítica tem também um poder extraordinário que se chama :acordar consciências.Não tenho na minha mão muito poder de decisão, mas tenho livre arbítrio, capacidade de pensar, o que por si mesmo pode não ser importante,mas "uma ideia move o mundo".E hoje, o que gostava mesmo de dizer é que: a política, os governantes podem de alguma forma criar a sociedade na qual vivemos,mas podemos sempre agir (dentro da lei),mas apelando à diferença. Porventura, a mudança começa no interior de cada um, com o respeito, a educação, a forma como tratamos quem está ao nosso redor.Começando por aí, já estamos a cumprir com o nosso papel."Podem mudar as políticas,mas o essencial é mudar o coração do Homem"P.A.

Descomplicar...

No outro dia estava a pensar que tudo se estava a tornar complicado.Mas "desligar o complicómetro" pode ser algo bem simples.Algures existe um botão "on" e um botão "off".Porventura , culturalmente só começamos a descomplicar quando não há outras opções, ou seja, só tocamos no segundo botão, quando não existe alternativas mesmo...

Burocracias, papeladas, coisas pendentes parecem ser "pão nosso de cada dia",mas podem não ser.Seria bem mais fácil, se processos de tribunal fossem mais rápidos, opções políticas mais acertadas e justas.

Se calhar vou optar por cultivar uma horta, sempre dá menos chatices e promove a saúde e bem estar...

Pergunto-me se estou a cumprir com as regras do novo acordo ortográfico...

Noutro dia

No outro dia, escutava várias conversas nos transportes urbanos.A sensação que tive é que não deve haver muita noção da realidade no país. Parece que tudo tem apenas duas cores: preto e branco.E da última vez que visualizei o espectro de cores tinha pelo menos 7 cores!

Os tempos podem ser um pouco "escuros",mas se pensarmos na história do nosso país, mesmo na mais recente há coisas das quais nos podemos orgulhar.Falo do plural,neste pequeno texto,mas estou incluído neste plural, como cidadão português.Face às medidas drásticas decretadas por quem tem o poder, a resposta será agir em conformidade, podendo reclamar visto que nos encontramos num estado de direito. Provavelmente se fosse um estado de outro continente, o caos poderia reinar, mas ainda estamos numa "espécie semi-extinta" de democracia.

Se pensarmos um pouco, somos capazes de cometer façanhas, não só no tempo dos Descobrimentos como agora.Desportistas, cientistas, artistas, empresas, produtos nacionais que marcaram e marcam o mundo , devido às suas inovações e originalidade...Por isso de que estamos à espera de quê?Ao fim ao cabo as energias que gastamos a queixarmo-nos ou a pensar que no "outro tempo é que era bom" devem ser colocadas no empenho nas nossas responsabilidades e actividades.Cumprindo com as obrigações, tentando ser inovador, original e acima de tudo optimista, de alguma forma damos outro rumo ao marasmo que reina em certa medida na nossa sociedade.

Por isso, o singular pode ter um grande poder no plural, basta querer...

Continuação

Viver, significa lutar perante adversidades, ultrapassar dúvidas e limites.

As opções que tomamos, conscientemente ou inconscientemente determinam a nossa personalidade, a nossa vida, permitindo ao mesmo tempo dotar-nos de novas valências, novas armas, num ambiente que se por vezes é adverso.

Tento vacinar-me, arranjar anticorpos, mecanismos de defesa, novas criações, novas motivações.

Se algo não dá certo, penso, adopto nova estratégia, mudo de rumo, encaro as situações com outra frescura, embora por vezes a "acidez seja uma doçura disfarçada".

De momento, traço rotas, descubro novos caminhos e vias para retornar ao papel de cidadão activo no meio profissional. Não tenho perfil para andar estilo "anémona" e ver tudo a acontecer ao meu redor, sem agir....Estar estático, não é opção , nem faz parte duma estratégia....

Depois...

Se pensar no ano que passou, em tudo o que aconteceu,haveria muitas coisas que gostaria de apagar mas não é possível "delete" o passado, apenas aceitá-lo, viver o presente e seguir em direção ao futuro.

Acredito que de alguma forma, tenho em mim a força , o poder e a capacidade de mudar a minha história, ainda que não esteja sozinho no mundo...(Sozinho nada consigo, e parece tudo maior do que na realidade é).Por isso preciso de entrar dentro de mim mesmo, curar feridas, procurar soluções, descobrir resultados e reconstruir a minha personalidade, sempre apoiada no que acredito, e no que realmente é importante..

Parece egocêntrico dizer isto, mas tem sentido, na medida em que as nossas acções e palavras afectam ou criam efeitos nos outros.

Faz-me lembrar a ideia dum filme em que o personagem principal, pagava um favor com outro favor,isso originou uma reacção em cadeia, estilo efeito "dominó" que fez alterar muitas vidas à sua volta...

Acho que o que realmente precisamos é de "efeitos dominó" positivos...e talvez borboletas a provocarem ciclones...

Início

De tempos em tempos, criarei palavras, entabularei conversas neste espaço de ideias...

Serei cru, irónico , mordaz ou simplesmente corrosivo ou ...sem tretas nenhumas.Este veículo será manobrado ao sabor do meu pensamento e à velocidade das minhas extensões corporais chamadas dedos...

Blogues são espaços de liberdade de opinião e expressão em qualquer lado do mundo, embora haja "lados do mundo" sem espaço de manobra que não seja uma bala, uma prisão ou algo pior...À hora, em que escrevo este texto, em qualquer parte do mundo, já corpos tombam, alguma revolução iniciou ou outra terminou, e nós no sossego dum sofá, vivendo ...Para nós a guerra tem uma perspectiva mais "light", ou é representada pelo trânsito, por alguns arruaceiro no metro, discussões ou então, por qualquer ninharia..enquanto isso lá longe alguém é enterrado, outro chorado...e nós impávidos e serenos, parados no tempo...

(Primeiro esboço do que virá depois...)